terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mega Agrupamento de Escolas

(Carta das:)   Associações de Pais dos Agrupamentos de Escolas Vergílio Ferreira e São Vicente

Exmo. Senhor, Ministro da Educação e Ciência
Professor Nuno Crato
c/c:   ??

Lisboa, 27 de janeiro de 2013
Assunto: O novo “mega-agrupamento” Vergílio Ferreira/São Vicente (Lisboa)

      Excelência,
     As notícias sobre a constituição do agrupamento acima referenciado causaram surpresa e sérias preocupações junto dos pais e encarregados de educação (EE) das escolas envolvidas, levando à análise conjunta da situação por parte das várias Associações que os representam, dando origem a esta exposição.
    Em primeiro lugar, orientam as melhores práticas que uma decisão desta natureza, pelo impacto que tem, deva ser acompanhada de um plano de comunicação cuidado, acautelando as necessidades de informação das várias partes interessadas, onde se incluem, com o devido destaque, os pais e encarregados de educação. Infelizmente, esse plano não existiu e os canais de comunicação utilizados pelo Ministério – imprensa e site - foram claramente desajustados ao público-alvo prioritário da informação.
    Assim, e considerando:
. que a decisão parece estar tomada e a informação é escassa e insuficiente para que os pais e EE possam reagir ou desempenhar eficazmente o seu papel na comunidade educativa e neste novo contexto;
. que este Agrupamento assume uma dimensão (quase 4000 alunos) que o torna num dos maiores do país,
entendem os pais e EE estar na posse da legitimidade para solicitar, com urgência os seguintes esclarecimentos:
- Qual o conceito associado aos “mega-agrupamentos”?
- Que estudos foram desenvolvidos e/ou 'benchmark' e qual o impacto esperado sobre o sucesso escolar?
- Quais os mecanismos previstos para garantir a alegada economia de meios?
- Quais os mecanismos previstos para garantir que a componente pedagógica não vai ser "absorvida" pela administrativa e tem salvaguardado o seu espaço próprio?
- Quais as orientações metodológicas e de gestão para esta nova realidade – indispensáveis perante a ruptura inevitável com o modelo anterior - e de que forma estão a ser transmitidas aos responsáveis dos agrupamentos?
- Qual o modelo de governação da escola preconizado? Por exemplo, está previsto o reforço do papel dos coordenadores intermédios (por disciplina)?
- De que forma a não presença dos pais no Conselho Pedagógica encaixa nesta estratégia? Qual o valor acrescentado?
- Quais foram os fundamentos que, em particular, levaram à criação do mega-agrupamento “Vergílio/São Vicente” e que análise – necessariamente ponderada – esteve na sua origem? O que se espera de positivo desta medida?
     Solicita-se, ainda, uma audiência com o Sr. Ministro para, presencialmente, nos serem transmitidas as respostas às questões enunciadas e serem ouvidas as nossas preocupações.
     Na posse destes esclarecimentos, as Associações de Pais decidirão a posição a tomar relativamente ao que, à partida, se afigura como uma decisão que comporta riscos demasiado elevados para a qualidade do ensino no contexto destas escolas.
     Com os melhores cumprimentos,
....

4 comentários:

Anónimo disse...

… Quanto a verdadeiras intenções de reversão, só mesmo com manifestações, protestos, boicotes e outras ações que chamem a atenção dos media.

…( e ) Acho que o ambiente cívico-político está/é favorável para estas ações !

Vamos Defender os nossos educandos !

– P.B.

Anónimo disse...

Creio que o espírito da carta é esse... e o que está subjacente é :

- a discordância sobre a criação deste mega-agrupamento (quase 4mil crianças...!!.),
a descrença de melhorias (só cortes financeiros e de pessoal),
bem pelo contrário ... adivinha-se mais abandono e degradação da qualidade;

- mas também a (des/crença na nossa) incapacidade de actuar/demover o Ministério (...) ... e a descarga de consciência sobre o facto consumado... - ou seja «comemos mas protestamos»... baixinho !!

e falta colocar as questões:
- Queremos fazer/ temos força e vontade para fazer mais/ ir mais longe...para tentar reverter a situação?
-… assumindo os respectivos custos (pessoais) ?

Creio que «a maré» (a maioria da nossa comunidade escolar e dos cidadãos do nosso país) ainda não está para isso ... e ninguém se sente tentado a ser herói/mártir ...

Mas há que participar e demonstrar o que pensamos.

Anónimo disse...

---Ponto de situação - m​ega agrupamento

Encarregados de Educação e Cidadãos,

A falta de recursos (de auxiliares, docentes, etc...) é transversal (numas escolas mais grave do que em outras) e creio que vai continuar a sentir-se e, até, a agravar-se ... num contexto de 'cortes'/restrições e desinvestimento na Escola Pública.

Sobre o interesse em resolver/minimizar este problema, por parte do CA do Agrupamento (o qual, acredito e confio que procura fazer 'milagres' com o pouco que tem) e das Assoc.Pais, não tenho qualquer dúvida e apoio/colaboro em tudo o que puder ou souber.

Mas sejamos claros e práticos.
- Como tentar (ajudar a) resolver este problema ? E com que meios? :

1- Solicitar + recursos e boas vontades à CML e JFreguesias (para os JI e 1ºciclo, que são da sua responsabilidade ...);

2- idem ao Min.Educação (para 2º,3ºciclo e secundário e, subsidiariamente, para todos);

3- idem ao 'mecenato'/patrocínio empresarial (como?...);

4- idem ao voluntariado (...?);

5- idem pedindo/ 'indo ao bolso' dos pais/EE e respectivas Assoc.Pais ;

6- exigindo/ manifestando/ publicitando o problema junto do Governo, TVs/mídia, ... e apoiando as posições da Ass.G. e C.A. do Agrupamento;

7- não fazer nada ... porque se considera que o problema não é grave, ou está a ser (bem) resolvido, ... ou esperar que tudo se vai resolver por obra e graça de ... ou que eu e o meu/nossos filhinhos vão "escapar por entre os pingas da chuva".

- Qual a/s opção/ões que consideram mais assertiva e com mais probabilidade de êxito?

- Qual a aderência das Assoc.Pais (e dos pais/EE ) a estas opções?

- Alguém tem outra perspectiva do problema e apresenta propostas ?
... ou querem antes reunir e falar ... e quem está disponível e quando?

Note-se que o problema já fora abordado numa reunião (no âmbito do 'mega agrupamento') entre representantes das Assoc.Pais ... e, de concreto, nada avançou.

Cumprimentos,
Manuel Alves (AP Telheiras 2.3.c.)
30/10/2013

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---Floriane Silvestri

Caros Pais,

É na qualidade de mãe que manifesto preocupação com o funcionamento deste ano letivo e na qualidade de dirigente que apelo a todos.

A Associação de Pais da Horta Nova está desde sempre empenhada em colaborar com a Escola no melhor que pode e consegue. É esta a atitude que nos move e que queremos manter.

As condições de funcionamento atual, pela sua falta de recursos e degradação do espaço físico, não satisfazem as condições necessárias à qualidade de ensino que almejamos e a que qualquer criança deve ter direito.

Desde o início do ano letivo, contactamos diversas vezes junto da Direção de Agrupamento, da CML e estamos agora prestes a enviar dois abaixo-assinados, reivendicando a colocação de mais auxiliares. A nada temos tido resposta e sabemos que este problema é transversal.

Como inconformados que somos, vimos apelar às restantes Ap's do Agrupamento Virgílio Ferreira, para que, em conjunto se encontre uma solução que dignifique a escola e que lhe devolva o respeito que merece.

Na expetativa da V/ melhor atenção,
Floriane Silvestri
29/10/2013

Anónimo disse...

Na qualidade de Encarregada de Educação e Associada da APEE da EB23 DE Telheiras, muito me espanta que a última informação que aqui consta seja de 2013. O que é que isto quer dizer? Alguém explica?
Conceição Oliveira